Espetacular Asgreen sobrevive a perseguição do pelote e vence heroicamente a KBK

Luiz Papillon

Uma curiosidade da prova é que os moradores de Kuurne são conhecidos como “Burros” no sentido do animal mesmo. Assim o vencedor da prova é presenteado com um belo buquet de floreres, cerveja belga e um fofo burro de pelúcia. Outro fato envolve um dos principais diretores de equipe do ciclismo mundial, Patrick Lefevere é conhecido pela liderança a frente da agora Deceuninck Quick Step mas em seu passado como ciclista possui duas vitórias como profissional, uma etapa da Vuelta e a ediçào de 1978 da KBC. O maior vencedor da prova é Tom Boonen, em 2018 Dylan Groenewegen venceu e 2017 foi a vez de Peter Sagan.

Favoritos para a KBK 2019
Muitos dos ciclistas que participaram da Omloop hoje cedo estarão na KBK.

Uma prova sensacional, vencida de modo incrível! O dinamarquês Kasper Asgreen assumiu a ponta da prova a mais de 30km do fim e não parou mais de pedalar. Quando seu companheiro de fuga ficou para trás na marca de 10km para o final parecia que a fuga seria extinta. Mas ele continuou, com apenas 20 segundos de vantagem se manteve até o final na ponta e quando o sprint veio atrás dele, ele conseguiu tirar forças para vencer a prova. Atrás no sprint Giacomo Nizzolo ficou com a segunda posição e Alexander Kristoff com a terceira.

Essa foi a quinta vitória de Kasper Asgreen de 25 anos na carreira. A equipe Deceuninck Quick Step já soma 14 vitórias na temporada sendo duas no nível WorldTour e  10 vitórias na ProSeries.

Kuurne Brussels Kuurne

A segunda clássica da temporada belga acontece no dia seguinte a Omloop Het Nieuwsblad chega a sua edição 72. Realizada desde 1946 sempre com largada na pequena Kuurne uma cidade de apenas 12.000 habitantes nos Flandres ocidentais.

Atualmente a prova não chega a Bruxelas tendo como seu ponto mais próximo a cidade de Ninove a 23km da capital belga. Sempre disputada no final do inverno no hemisfério norte a prova foi por três vezes cancelada devido a neve ou geada. Em sua edição mais dura apenas 26 de 195 ciclistas terminaram a edição de 2010 quando ventos e tempestades remanescentes do ciclone Xynthia atingiu a prova.

Uma curiosidade da prova é que os moradores de Kuurne são conhecidos como “Burros” no sentido do animal mesmo. Assim o vencedor da prova é presenteado com um belo buquet de floreres, cerveja belga e um fofo burro de pelúcia. Outro fato envolve um dos principais diretores de equipe do ciclismo mundial, Patrick Lefevere é conhecido pela liderança a frente da agora Deceuninck Quick Step mas em seu passado como ciclista possui duas vitórias como profissional, uma etapa da Vuelta e a ediçào de 1978 da KBC. O maior vencedor da prova é Tom Boonen, em 2018 Dylan Groenewegen venceu e 2017 foi a vez de Peter Sagan.

KBK 2020

Em uma lista extensa de favoritos, essa dura prova costuma pender para sprinters com pegada clássica. O belga Tom Boonen é o recordista de vitórias com três conquistas. A prova 2020 trouxe uma lista de participantes muito parecida com a Omloop Het Nieuwsblad que foi realizada ontem. Antes da largada três abandonos devido a intensidade da prova de ontem, Jonathan Dibben da Lotto Soudal, Kenneth Vanbilsen da Cofidis e Tom Scully da EF. A espera dos ciclistas 11 subidas foram destacadas pela organização de prova:

  1. Volkegemberg 33km
  2. Eikenmolen 47.5km
  3. Bossenaarstraat 79.2km
  4. Mont Saint-Laurent 96.4km
  5. La Houppe 111km
  6. Kanarieberg 116.3km
  7. Kruisberg 123.5km
  8. Hotond 125.4km
  9. Côte de Trieu 133.3km
  10. Oude Kwaremont 143.1km
  11. Kluisberg 149.9km

Com temperaturas abaixo de dez graus, os ciclistas largaram e os ataques partiram da bandeirada. A intensidade da prova não permitiu uma fuga logo cedo e apenas com 30km de prova a fuga se estabeleceu:

  • Mikkel Bjerg – UAE
  • Jonas Abrahmsen – Uno-X
  • Roy Jan – Alpecin-Fenix
  • Hugo Houle – Astana
  • Boris Vallée – Bingoal Wallonie Bruxelles

Gianni Moscon desclassificado

A prova seguiu com a fuga tendo até sete minutos de vantagem para o pelote. Dentro dos 70km finais a vantagem foi sendo reduzida a medida que o pelote ia sendo dizimado e o grupetos sendo formados. Faltando 63km para o final uma queda sem consequências físicas teve um ato indisciplinar. Gianni Moscon, italiano da Ineos com histórico de problemas de comportamento atirou uma bicicleta para trás sem observar e acertou um colega de profissão:

Após o incidente Moscon foi desclassificado da prova, no momento em que foi informado da eliminação Moscon jocosamente rasgou o numeral dorsal:

De volta a prova a fuga foi atropelada pelo grupo perseguidor quando Jasper Stuyven acelerou na marca de 33km para o final. Logo depois um ataque de Kasper Asgreen da Deceuninck junto com Roy Jans da Alpecin e Boris Vallée da Bingoal colocou fogo na prova. Um pouco depois Jans perdeu contato enquanto Asgreen seguia na ponta mantendo uma vantagem de 30 segundos sobre o pelote. E assim os ciclistas ouviram o sino para os 15km finais no circuito em Kuurne.

Na ponta do pelote seguia a Lotto Soudal e Sunweb trabalhando enquanto na ponta Asgreen fazia todo esforço com Vallée na sua roda. Asgreen pedia ajuda para revezar sem resposta de Vallée e assim as chances da dupla iam sendo reduzidas. Vallée remanescente da fuga inicial então sucumbiu na marca de 9km para o final. Seria então uma disputa entre Asgreen e o pelote apenas 20 segundos atrás.

Vitória gigante de Kasper Asgreen!

Asgreen ainda sobreviveu corajosamente com muito sofrimento, porém o pelote estava muito próximo e os embaladores começaram o trabalho de embalada com 10 segundos atrás do dinamarquês. Ele conseguiria? Sim, ele conseguiu! Asgreen venceu com alguns metros de vantagem sobre o pelote, Nizzolo da NTT foi segundo e Kristoff da UAE o terceiro colocado.

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