Gianni Bugno presidente da Associação dos Ciclistas Profissionais dispara contra a redução de ciclistas!

Um dos temas do momento no do ciclismo é a reforma da forma como se estrutura o esporte profissional. Desde 2017 vem sendo feitas reuiniões entre os controladores de equipes, organizadoras e representantes da UCI e dos ciclistas para a Reforma que deverá entrar em vigor em 2020. Hoje à Associação dos Ciclistas Profissionais ( CPA-Cyclistes Professionells Associés) que tem Gianni Bugno (italiano bicampeão mundial em 1990 e 1991) como presidente veio a público dar o tom da preocupação:

Um dos temas do momento no ciclismo esportivo é indiscutivelmente a Reforma que deveria entrar em vigor em 2020. O assunto tem sido tema de diversas reuniões com os controladores oficiais entre novembro de 2017 e junho de 2018 totalizando vinte e cinco encontros oficiais. Ao final do mês de setembro o Comité Diretivo da UCI decidirá, porém o que é que pensam os ciclistas? Eles são os verdadeiros protagonistas.

O pelote deseja ter um ponto de vista próprio e se expressa através da CPA. Uma reforma profunda e concreta para melhorar é sempre bem vinda na condição que traga novidades na prática e nos termos econômicos e de visibilidade. A bicicleta jamais esteve tanto em moda e isso deveria ser aproveitado no produto “ciclismo”, nunca suficientemente colocado em valor, esse é um ponto onde existe a verdadeira unanimidade. Explica Gianni Bugno, presidente da CPA.

Os ciclistas profissionais estão dispostos a negociar com a União Ciclística Internacional (UCI) e todas as demais partes sobre inúmeros assuntos, e o mais importantes de todo é o que concerne sobre o número de empregos. Em reuniões anteriores a CPA foi o único presente em nome dos ciclistas a contestar firmemente contra a redução de participantes em grandes voltas e provas clássicas.

Fui o único a votar contra essa proposição lançada e adotada pela UCI sob alegação de razões de segurança, quando a realidade se demonstrou que as quedas seguem acontecendo mesmo que as equipes tenham um ciclista a menos.Temos que voltar a discutir esse assunto, não podemos admitir perder mais vagas de emprego e sim voltar a situação anterior. Dito isso, devemos também pensar em conseguir que as organizadoras coloquem melhores meios e esforços para preservar a segurança dos participantes. O êxito de um evento não pode prescindir de proteger seus principais protagonistas, prossegue o bicampeão mundial de ciclismo.

Nos últimos meses, a CPA tem reunido as demandas e pedidos dos ciclistas da categoria máxima do ciclismo para apresentar-las no encontro do próximo dia 13 de setembro em Madri com todos representantes das partes envolvidas no processo antes da celebração do Conselho de Ciclismo Profissional (CCP).

Temos propostas concretas para o desenvolvimento desta especialidade, todas elas centradas sempre em conseguir uma melhor qualidade de vida de de trabalho para os ciclistas que são nossa prioridade. Tenho um pacto com eles e devo respeitar, os empregos não devem sofrer novos cortes e lutarei pelo restabelecimento do nível anterior. Se não desejamos aumentar o número de participantes por equipe, devemos ao menos permitir que nas largadas das provas mais importantes existam ao menos mais equipes, sabemos que algumas dessas formações sofrem e já temos nos deparado com diversas situações complicadas. Os ciclistas de algumas esquipes que irão acabar essa temporada podem ter seus contratos desrespeitados e sofrem o risco de não receber seus salários, algo que já começamos a nos mobilizar em seu favor. No nível institucional nos resulta na possibilidade de não aceitar uma nova redução do número de ciclistas.

 

2 thoughts on “Gianni Bugno presidente da Associação dos Ciclistas Profissionais dispara contra a redução de ciclistas!

  1. Lappartient é um desastre para o ciclismo profissional. Quer diminuir ciclistas no pelotão, quer teto de gastos das equipes. Meu Deus, que sujeitinho horroroso!

    1. Em fato ele fez o programado em congressos a partir de 2013. A redução é uma estratégia que conta com os controladores do esporte, A.S.O, RCS, Flandres Classics, Eurosport entre outros. Apenas a associação dos ciclistas profissionais foi contrária a redução.

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